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O contato com plantas funciona muito bem como terapia ocupacional porque a grande dificuldade, especialmente dos adictos, é não ter o que fazer. Quando se assume a responsabilidade de cuidar de uma planta, a pessoa se sente muito bem porque vê os resultados.

Florais Terapêuticos

Temos uma linha completa de Florais, Estoques e Florais Personalizados! Confira nosso catálogo com informações importantes sobre cada floral ou estoque e monte seu floral personalizado!
CapaLinha de Florais Terapeuticos Floresta Luz

Óleos Vegetais / Seivas: Floresta Luz

Óleos Vegetais / Seivas: Floresta Luz Óleos vegetais estão em diversas receitas e dicas para uma vida mais saudável e sustentável. Mas você sabe o que são? Os óleos vegetais são gorduras extraídas das plantas. Apesar de outras partes, como raízes, galhos e folhas, poderem ser utilizadas na obtenção do óleo, a extração se dá quase que exclusivamente a partir das sementes. Os óleos são formados por triglicerois (que é a união de três ácidos graxos a uma molécula de glicerol) e, devido à natureza química dos óleos vegetais ser quimicamente apolar, eles são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos. Diversas fontes podem servir de matéria-prima para a extração dos óleos vegetais. Nos links abaixo você pode conferir os óleos vegetais mais comuns, seus benefícios e propriedades medicinais e cosméticas e na culinária.
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Rapés Indíginas: Floresta Luz

A consagração do Rapé é realizada através do sopro pelas narinas. A Medicina pode ser auto aplicada com um instrumento conhecido como kuripe ou aplicada por outra pessoa com um tepi.

O rapé é feito de tabaco e outras ervas e cinzas de árvores. Uma vez misturado, moído é transformado em um pó fino e aromático. Ele é aspirado ou soprado pelas narinas. … A qualidade da composição destes ingredientes no seu preparo é de suma importância para o hábito de se consumir rapé

Porém seu aspecto mais interessante é o uso pelas tribos indígenas e pelos caboclos da floresta, que o utilizam para diversos fins, entre eles medicinais e cerimoniais.

“O uso crônico pode levar a lesões e irritação da mucosa nasal. O rapé também apresenta os mesmos malefícios do cigarro, ou seja, ele pode causar câncer. Existem estudos relacionando o uso do rapé e o câncer.”

O rapé pó, feito a partir de plantas milenares da Amazônia, cujo componente essencial é o tabaco, é uma medicina física e espiritual que ajuda a limpar a glândula pineal, uma parte do corpo que conecta o ser humano diretamente à energia.

A duração dos efeitos do rapé é relativamente curta, em média trinta minutos, enquanto a cocaína, depois de injetada ou usada por via intranasal, provoca efeitos com duração em torno de 20 a 45 minutos.

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Farmácias Medicinais

Unidade: Fazenda Santa Maria

Plantas medicinais em Floresta Luz: Conheça o Projeto

ATIVIDADE PRÁTICA / PESQUISA COM CLIENTES:

A implantação da horta orgânica de ervas medicinais teve como objetivo a inclusão social de ex-viciados, ex- infratores e clientes ao permitir acesso a tratamento de doenças por meio da fitoterapia. Inicialmente, houve a escolha das espécies, a obtenção de mudas e a instalação da horta. As 80 espécies selecionadas, sob manejo agroecológico, eram indicadas como terapêuticas aos 25 principais problemas de saúde levantados na pesquisa junto aos clientes da Floresta Luz. Os clientes, amigos e parceiros foram a base de todo projeto desde o início, forneceu matrizes e colheu as ervas medicinais. O processamento pós-colheita, o preparo de fitoterápicos e a dispensação dos fitoterápicos ocorre nas dependências do Sítio Floresta Luz. 

 As formas fitoterápicas disponibilizadas são de uso interno (erva seca, tintura, xarope) e tópico (creme, gel, pomada), sendo as mais procuradas: gel, tintura e xarope. O sucesso do projeto se refletiu no aumento do número de espécies utilizadas, passando de 80 espécies  para 120 espécies no mesmo ano, dentre elas: alecrim de jardim (Rosmarinus officinalis), alfavaca (Ocimum basilicum), amora (Morus alba), arnica brasileira (Solidago microglossa), calêndula (Calendula officinalis), camomila (Matricaria chamomilla), capim gordura (Melinis minutiflora), cavalinha (Equisetum arvense), chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus) e espinheira santa (Maytenus aquifolium). A produção orgânica de ervas medicinais permitiu a inclusão social de pessoas carentes através de 128 atendimentos entre 2017 e 2020.

Reinado Floresta Luz

CHACRONA * RAINHA * OASCA. Psychotria viridis é um arbusto da família Rubiaceae. Ingrediente na preparação da bebida enteógena sacramental Ayahuasca, é utilizada nos cultos do Santo Daime, União do Vegetal, Cexab , Natureza Divina e outros rituais xamânicos. O Reinado Floresta Luz, contribui também para a nossa qualidade de vida e das gerações futuras. Psychotria viridis exercem um importante papel em nosso dia a dia e trazem diversos benefícios à saúde, pois aumentam a qualidade do ar e regulam a temperatura do ambiente, além de nos fornecer sombra e cura espiritual e física.. Floresta Luz desenvolve um extenso trabalho de preservação ambiental e reflorestamento, realizando o plantio de mudas de Psychotria viridis. Que tal aprender a cultivar sua própria planta, e contribuir para o meio ambiente?

Ao escolher sua muda de psychotria viridis, leve em consideração o local em que será plantada, pois a espécie necessita de cuidados específicos quanto à luminosidade, umidade e espaço. Deixe uma distância de aproximadamente 3 metros entre uma muda e outra, permitindo seu crescimento de maneira correta.

planta professora Chacrona ou Rainha. É dito que esta planta é quem possuí a Luz e, por sua vez, proporciona a Miração. Em termos químicos, seria a portadora do DMT – Dimetiltriptamina, alcalóide responsável pelas visões que a Ayahuasca produz em quem a ingere. Particularmente, acho que se prender ao aspecto químico em detrimento do aspecto psico-místico-espiritual é algo estúpido. Reduzir a experiência e o aprendizado que estas plantas professoras nos proporcionam em termos químicos é pequeno demais. Esta discussão fica para outro momento.

Voltando ao manejo e plantio da espécie, tenho tido muitos aprendizados a respeito. Primeiro, por ser uma espécie muito, mas muito difícil de cultivar fora das condições climáticas adequadas e originais da planta. Segundo, por ser uma espécie vegetal muito bela e com uma energia diferente. Quando estou próximo das minhas Rainhas, seja das plantas que estão crescendo, seja fazendo mudinhas, me sinto realmente muito bem. É algo difícil de objetivar em palavras, mas é uma experiência única e que me traz muita satisfação, paz e alegria.

A Chacrona ou Rainha é uma arbustiva da família do Café, portanto uma Rubiácea. Inclusive, as semelhanças físicas de ambas as plantas são bem notáveis. Na tradição Daimista, esta planta professora é conhecida como Rainha, a contraparte feminina da bebida Daime ou Ayahuasca, é a Luz. O Cipó é a contraparte masculina, a Força. Já o nome Chacrona ou Chacruna, denominação mais comum na UDV, vem do Quéchua “chaqruy” e quer dizer “mistura” ou “mescla”, ou seja, o ingrediente adicionado ao chá. Uma das espécies, a mais utilizada na tradição Daimista, é a Psychotria viridis, popularmente conhecida com Rainha Cabocla. Já na UDV, a Chacrona mais utilizada é a Psychotria Alba, conhecida como Chacrona Branca. Existem inúmeras outras variedades da espécie e não sei se todas possuem as propriedades necessárias para a produção do Daime/Ayahuasca. Eu, particularmente, somente cultivo as duas citadas. Caso queiram aprofundar o estudo das variedades, consultem:

http://florabrasiliensis.cria.org.br/search?taxon_id=11346

http://www.uniprot.org/taxonomy/25443

http://en.wikipedia.org/wiki/Psychotria

.

http://apps.kew.org/wcsp/qsearch.do

A utilização de plantas psicoativas teve início entre as civilizações mais antigas que buscavam conhecimento e cura através do contato com o mundo espiritual promovido por estes vegetais. A ayahuasca é um chá obtido, geralmente, através da cocção de duas espécies vegetais endêmicas da floresta amazônica: um cipó da família Malpighiaceae, Banisteriopsis caapi (Griseb. in Mart.)

No Brasil o contato das populações não-indígenas com a ayahuasca resultou em religiões que fazem uso do chá em seus rituais regulamentados através da resolução nº 4 do CONAD (atual Secretaria Nacional Anti-Drogas) de 4 de Novembro de 2004, estes grupos possuem adeptos em vários estados brasileiros e no exterior. Nos últimos anos, registrou-se um aumento significativo no consumo da ayahuasca em diversas regiões do Brasil, mostrando a necessidade de elaborar um plano de cultivo das espécies empregadas no chá fora da região amazônica, local onde ocorre atualmente um alto índice de extrativismo.

Floresta Luz pretendemos estudar somente as duas espécies utilizadas no preparo da ayahuasca: o cipó Banisteriopsis caapi, e o arbusto Psychotria viridis.

Nome científico: Banisteriopsis caapi (Griseb. in Mart.) C. V. Morton

Nomes populares: Jagube, Mariri, Cabi, Caupurí, Uni
Ocorrência: Em toda a floresta amazônica (Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Bolívia)
Descrição: Liana da família Malpighiaceae, com morfologia caulinar diferenciada em duas variedades, onde a variedade caupurí apresenta os nós bem mais evidenciados que a variedade tucunacá.
A FARMACOLOGIA DA AYAHUASCA

O início das pesquisas sobre os princípios ativos existentes nas espécies utilizadas na ayahuasca foi marcado por muitas confusões, onde a utilização de material botânico não confiável trouxe resultados de caráter duvidoso, Perrot e Hamet (1927) citam que um alcalóide denominado telepatina foi isolado em 1905 de um material botânico chamado de “yagé” por Zerda Bayón, em 1923, o químico colombiano Fischer Cardenas isolou novamente um alcalóide o chamou de telepatina, em 1925 Barriga-Villalba e Albarrancin isolaram um alcalóide e denominaram iageína, proposto também por Michaelis e Clinquart em 1926. (MCKENNA, 1998b).

Em 1928 Lewin isolou do cipó Banisteriopsis caapi um alcalóide denominado banisterina que se mostrou idêntico a harmina, previamente isolada pelo químico Fritsch em 1847 a partir das sementes da Peganum harmala (MCKENNA, 1998b). Os químicos Chen e Chen (1939) isolaram a harmina dos galhos, raízes e folhas do Banisteriopsis caapi previamente identificado pelo Chicago Field Museum e Hochstein & Paradies (1957) isolaram a harmina, a harmalina e a tetrahidroharmina de um material confiável coletado no Peru.

Mckenna e outros (1984) confirmaram a atividade oral da ayahuasca, com a DMT sendo seu principal componente ativo, encontrado nas folhas da Psychotria viridis, tornando-se, oralmente, através da atividade inibidora da monoaminoxidase (IMAO) promovida pelas beta-carbolinas presentes no cipó Banisteriopsis caapi.

Na década de 1980 surgiram as primeiras contribuições do antropólogo Luis Eduardo Luna que trabalhou com ayahuasqueiros do Peru e criou o conceito de “plantas mestres” na tentativa de demonstrar a visão que os ayahusqueiros tem das espécies vegetais que compõe a bebida. Em 1986, Luna, Mckenna e Towers publicaram o primeiro artigo citando a variedade das espécies vegetais empreendidas na bebida sugerindo uma posterior investigação farmacobotânica como fonte de novos agentes terapêuticos. (MCKENNA et al ,1995 apud METZNER, 2002).

A União do Vegetal (UDV) em 1991 através do Departamento Médico Científico (DEMEC) realizou o 1º Congresso em Saúde, convidando diversos pesquisadores brasileiros e estrangeiros entre eles Dennis Mckenna e Luis Eduardo Luna. Nesta mesma época, o COFEN, atual SENAD (Secretaria Nacional Anti Drogas) estava formando uma comitiva para reavaliar a legalidade da ayahuasca no Brasil e isso aumentou a necessidade de pesquisas médicas sobre a segurança do uso prolongado do chá, efeitos adversos e síndrome de abstinência. Mckenna convidou uma equipe internacional de pesquisadores de diversas instituições: UCLA, Universidade de Miami, Universidade de Kuopio (Finlândia), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade de Campinas e Hospital Amazônico de Manaus para participarem do “Projeto Hoasca” onde realizariam testes médicos, fisiológicos e psicológicos em voluntários do núcleo de Manaus da UDV.

Em 1993, iniciou-se o Projeto Hoasca, que realizou uma avaliação biomédica em usuários de ayahuasca, mostrando seus efeitos clínicos e sua psicofarmacologia. Esse estudo provou que o uso da bebida por um longo prazo não apresenta nenhuma toxidade. Entre os resultados encontrados, podemos citar: inexistência de distúrbios psiquiátricos como abstinência, tolerância e abuso; maior poder de concentração entre os usuários; aumento dos receptores de serotonina entre os indivíduos que utilizavam o chá há mais de 10 anos, indicando um possível potencial anti-depressivo da bebida; após 6h os níveis de DMT não foram detectados e após 8h não foi detectado nenhum alcalóide no plasma; o hormônio do crescimento (GH) e a prolactina apresentaram um aumento após 90 e 120 minutos de ingestão do chá e voltaram a homeostase após 6h. (GROB et al, 1996; CALLAWAY et al., 1999; MACKENNA et al., 1998; ANDRADE et al., 2004)

Jordi Riba (2004) realizou um estudo sobre a farmacologia da ayahuasca em usuários sadios, que, após a ingestão da bebida, passaram por uma série de avaliações médicas. Entre os resultados encontrados podemos citar: a ayahuasca produziu efeito dose-dependente em 5 das 6 escalas da HRS (Hallucinogen Rating Scale), onde os primeiros efeitos foram evidenciados entre 30min e 60min com pico entre 60min a 120 min, desaparecendo pós 240min; a atividade inibidora da monoaminoxidase das beta-carbolinas, possivelmente, aumentou os níveis de catecolaminas; através de eletroencefalografia foram constatadas ações pró- serotoninérgicas e pró-dopaminpergicas evidenciando os receptores 5-HT2 e D2 na produção dos efeitos da ayahuasca; e pela tomografia eletromagnética observou-se que as doses utilizadas no experimento não induziram sintomas psicóticos ou perda de consciência (RIBA, 2004).

A fisiologia da ayahuasca

A serotonina é um neurotransmissor conhecido quimicamente como 5- hidroxitriptamina (5-HT) e é produzida no cérebro e no trato gastrointestinal a partir do aminoácido L-triptofano. É a responsável por algumas funções do comportamento como planejar e muitas outras relacionadas com o tempo. (CALAWAY apud METZNER, 2002).

Os neurotransmissores utilizam diversas vias metabólicas para sua desativação. Entretanto, a serotonina é inteiramente dependente da atividade de uma enzima conhecida por monoaminoxidase (MAO) para sua desativação, que, através de uma reação de oxidação converte maior parte da serotonina em ácido 5- hidroxindoleacético (5-HIAA). A inibição da MAO provoca um aumento nos níveis serotoninérgicos do cérebro, pois a serotonina produzida não é inativada, ocorrendo um acúmulo e, posteriormente, uma hiperativação cerebral capaz de fornecer efeitos psicoativos. (CALAWAY apud METZNER, 2002).

Os níveis excessivos de serotonina podem causar náuseas e vômitos decorrentes da estimulação direta do nervo pneumogástrico e diarréia, caso a serotonina periférica do trato digestivo estimule a motilidade intestinal (CALAWAY & GROB, 1998; CALAWAY apud METZNER, 2002).

Além de sua função neurotransmissora, a serotonina é a precursora metabólica da melatonina, que é produzida durante a noite ou em estados meditativos (STRASSMAN, 2001). Pode servir também de precursora para diversas índoles endógenas tais como: a 5-metoxi-N-N-DMT (5-MeO-DMT), a 5-hidroxi-DMT ou bufotenina e por outra via metabólica a N-N-dimetiltriptamina (DMT) seguindo a formação da triptamina endógena. (CALAWAY apud METZNER, 2002).

A ayahuasca contém as beta-carbolinas provenientes do cipó Banisteriopsis caapi: harmina e tetrahidroharmina em maior quantidade e harmalina, harmalol, harmol e alcalóides correlatados em níveis menores. A harmina age inibindo, temporariamente, a monoaminoxidase (MAO), sendo a sua ação reversível. A harmalina também possui ação inibidora da monoaminoxidase (IMAO), sendo mais potente que a harmalina e encontrada em níveis bem menores na bebida. (UDENFRIEND et al., 1958 apud METZNER, 2002; BUCKHOLZ & BOGGAN, 1977 apud METZNER, 2002).

A DMT contida na ayahuasca é oralmente inativa devido à desaminação pela monoaminoxidase (MAO) intestinal e hepática (CAZENAVE, 2000). Entretanto, as beta-carbolinas provenientes do cipó Banisteriopsis caapi possuem a propriedade de inibir a MAO (ação reversível). A atividade psicotrópica da ayahuasca é decorrente da ação sinérgica das beta-carbolinas que inibem a MAO, ocorrendo, conseqüentemente, um aumento das catecolaminas, da serotonina e da concentração de DMT (CAZENAVE, 2000), que interagem com os receptores 5-HT2 de serotonina e D2 de dopamina (RIBA, 2004), aumentando as alterações psicotomiméticas (GROB et al, 1996).

Aspectos terapêuticos da ayahuasca

É interessante destacar o fato de que tribos indígenas primitivas detinham o conhecimento e utilizavam fármacos de origem vegetal com ação inibidora da MAO, uma tecnologia recente para a farrmacologia principalmente na área de antidepressivos.

A primeira pesquisa medicinal com o extrato de Banisteriopsis caapi foi descrita pelo neurologista Kurt Beringer em 1928 como tratamento do parkinsonismo pós-encefálico (METZNER, 2002). Ao longo dos anos, diversas pesquisas foram realizadas visando avaliar o potencial terapêutico da ayahuasca, nas quais podemos citar os seguintes resultados: ação anti-tripanosomal contra o Trypanosoma lewisii (HOPP et al., 1976 apud MCKENNA et al., 1998) e Trypanosoma cruzii (RODRIGUEZ et al., 1982 apud POMILIO et al., 1999); Terapia para abuso de drogas (LABIGALINI, 1998; GROB et al., 1996; LABATE, 2004; MABIT, 2004; MCKENNA, 2004); recuperação de quadros de depressão e ansiedade fóbica e aumento da habilidade do indivíduo se adaptar psicologicamente (GROB et al., 1996).

Auxílio no tratamento de distúrbios psiquiátricos como: depressão, autismo, esquizofrenia, desordem de déficit de atenção por hiperatividade, demência senil (MCKENNA, 2004); Efeitos imunomodulatórios como remissões de cânceres (TOPPING, 1998; CHEN et al. 2005) e outras doenças, longevidade e vigor físico (MCKENNA, 2004).

Atualmente, a ayahuasca vem sido utilizada na recuperação de indivíduos com problemas de abuso de drogas. Um estudo realizado com ex-dependentes de álcool, que saíram do vício após o consumo da ayahuasca em um contexto religioso, mostrou que o uso do chá por esses indivíduos não apresenta contornos psicopatológicos de uma compulsão, sendo observado também uma melhora na qualidade de vida dos entrevistados (LABIGALINI,1998). O Dr. Jaques Mabbit mantém um centro de reabilitação de toxicomaníacos no Peru chamado Takiwasi, onde desenvolve pesquisas e trabalhos que valorizam os recursos humanos e naturais das medicinas tradicionais com o objetivo de encontrar uma forma terapêutica alternativa e de baixo custo na questão do abuso de drogas. No Brasil, existem diversos médicos e terapeutas que utilizam a ayahuasca em conjunto com seus tratamentos que, na maioria das vezes visa à reabilitação dos indivíduos com problemas de adicção. (LABATE, 2004)

Interações com medicamentos e reações adversas

Alguns antidepressivos modernos classificados como IMAO (Inibidor da Monoaminoxidase) e ISRS (Inibidor Seletivo de Recaptação da Serotonina) que possuem a propriedade de inibir a recaptação de serotonina e catecolaminas. Estes mecanismos de ação são semelhantes ao das beta-carbolinas e quando utilizados em conjunto podem ocasionar uma “síndrome serotoninérgica” cujos sintomas típicos são: euforia inicial, tremores musculares, náusea, elevação da temperatura, arritmia cardíaca e ocasionalmente uma falha renal e coma que podem levar à morte (CALLAWAY, 1994; CALLAWAY, et al, 1998; CALLAWAY apud METZNER, 2002).

Eliseu Labigalini Jr., contra indica apenas os antidepressivos que utilizam a Fluoxetina2 . Os outros antidepressivos podem ser utilizados em conjunto com a ayahuasca, com orientação médica e uma interrupção no medicamento alguns dias antes do consumo do chá [alteração no texto original feita por nós]. Os estabilizadores de humor podem ser utilizados normalmente em conjunto com a ayahuasca com devida orientação médica. Recomenda-se que indivíduos com quadros esquizofrênicos ou psicóticos não utilizem a bebida. [alteração feita por nós novamente]